Diario do Professor Craine
12 de Março de 1920

"Já estou viajando a dois dias. Tenho a impressão de que nunca chegaremos, apesar de meu guia afirmar que falta pouco. Espero que isso acabe de uma vez, pois os camelos fedem, os membros da equipe só reclamam, e o deserto é muito desagradável. A ansiedade me consome, mas há vezes que quero desistir. Um fato interessante ocorreu... Ao descermos do barco, um grupo de arqueólogos se juntou a nós, liderados por uma inglesa. Ela tem um gênio muito forte, e não fala muito. Mas não parece ser uma má pessoa."

13 de Março de 1920

"Estamos a um dia de viagem, segundo meu guia. Não sei muito sobre ele, a não ser que é americano, um Yankee (como nós os chamamos), e fez parte da Legião Estrangeira. Fora isso, é um homem bastante fechado. Montaremos acampamento ao anoitecer. Ele diz que, ao amanhecer, já poderemos vê-la. Assim espero."

14 de Março de 1920

"Tive uma das visões mais esplêndidas. O americano estava certo. Ao amanhecer. Assim que o sol bateu sobre a montanha atrás de nós, à nossa frente surgiu, sob a sombra, as muralhas da cidade que tanto procurei, a Cidade dos Mortos. Hamunaptra. Mas, ao me dar por conta, notei que nem a mulher nem sua equipe encontravam-se entre nós. Penso, então: Talvez ela soubesse aonde a cidade estava, o tempo todo... Vamos começar as escavações amanhã."


Este fragmento do diário do Prof. Craine foi encontrado junto a um acampamento abandonado, entre uma montanha e uma planície. Não foram encontrados corpos, nem animais, nem vestígios da tal cidade de Hamunaptra.


A cidade que o Prof. Craine se referia em seu diário, Hamunaptra, é a cidade dos Mortos. Aonde eram enterrados os faraós do Egito e seus tesouros. É buscada por todos aqueles que almejam por riqueza fácil e fama. Suspeita-se que há uma maldição sobre a cidade, e todos aqueles que a encontram, tem um fim doloroso e inimaginável.

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